segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Apolo,Mitologia Greco - Romana.

Febo dos latinos. Divindade solar, filho de Júpiter e de Latona. É concebido como irmão de Diana, porque ambos, alternativamente, iluminam o mundo. Quando Apolo ( o Sol ) desaparece no horizonte, Diana ( a Lua ) resplandece no céu. Latona, ao sentir aproximar-se o momento de pôr no mundo o deus de cabeleira loura e de radiante beleza, saiu pelo mundo a fora, à procura de um asilo, e não o encontrava, porque Juno havia maldosamente ordenado à Terra que não lhe desse abrigo. Mas Netuno, fendendo uma rocha com o seu tridente, fez nascer a ilha de Delos, para onde Latona, transformada em codorniz, se transportou.
Aí chegando, vários cisnes de imaculada brancura vieram saudá-la, ruflando as asas e sacudindo as lindas plumagens; a terra cobriu-se de flores; o mar e as montanhas, douradas pela luz solar, pareciam revestir-se de um manto de púrpura, e a criança veio ao mundo. Temis, descendo do Olimpo, chegou aos lábios do recém-nascido o néctar e a ambrosia. Mal Apolo saboreou esses licores da imortalidade, as faixas que o envolviam, bem como o cinto de ouro que cingia a sua cintura, se desataram, e ele, "entrando no seu brilhante carro, iniciou o giro através do esplendor do céu". Apenas com quatro dias de existência, já manifestou o seu poder, atravessando, com suas infalíveis flechas, o horrendo dragão Piton, tremendo flagelo de Parnaso. Amou a ninfa Coronis, que o tornou pai de Esculápio; e, como esse seu filho fosse fulminado por Júpiter ( vide Esculápio ), Apolo matou, a flechadas, os cíclopes que forjaram o raio fatal. Por este ato homicida, foi ele condenado ao exílio na terra, onde se entregou, durante nove anos, ao serviço de Admeto, rei da Tessália, cujo rebanho passou a apascentar. Certa vez, quando ali se achava, surpreendeu na solidão de um bosque, a colher flores, a formosa Dafne, filha de Gea. Por ela se apaixonando, tentou possuí-la: mas a donzela, rápida como uma corsa, abriu em desabrida carreira, e estava quase a ser alcançada, já sentia em suas faces o hálito escaldante do seu perseguidor, quando, a um supremo grito, a sua mãe ( a terra ) abriu o seio e a acolheu. Amou e foi amado por Jacinto, filho de Amiclos. Divertia-se com este mancebo, no jogo de arremesso de disco, quando o maldoso Zefiro, movido pelo ciúme, desviou, com seu sopro, a pesada massa de ferro, levando-a a vitimar o amigo. Apolo, cheio de dor, transformou-o na flor jacinto.
Sendo Apolo o deus da claridade diurna, os gregos, para explicarem os dias brumosos do inverno, concebem-no como um deus viajante que, temporariamente, abandona o santuário grego, para onde torna na primavera. Além disso, é Apolo deus dos oráculos, da poesia, da medicina, da arte, dos pastores, do dia, da música e da dança. Com sua lira, preside o coro das musas e das graças e, no Olimpo, diverte os imortais. Tendo Mársias ousado rivalizar com a sua lira, foi por ele esfolado vivo ( vide Mársias ). Castigou o rei Midas, com orelhas de burro, por haver votado contra ele em concurso musical. Entre os seus inúmeros templos, os mais célebres foram localizados em Delfos, Leocotoe, Dafne, Clitia, etc. Eram-lhe consagrados: o galo, o gavião e a oliveira. Os artistas representam-no com uma lira na mão, rodeado de instrumentos própios das artes; ou ainda, sobre um coche tirado por cavalos, correndo o zodíaco.