sábado, 20 de junho de 2009

Encontrado fóssil de dinossauro gigante.

O fóssil do que se acredita ser uma nova espécie de dinossauro, que está entre os maiores já encontrados, foi descoberto na Argentina, por uma equipe formada por paleontólogos brasileiros e argentinos.
O herbívoro Futalognkosaurus dukei media em torno 32 metros a 34 metros da cabeça até a cauda e tinha a altura de um prédio de quatro andares. Trata-se de um dos três maiores dinossauros já encontrados no mundo.
A descoberta parece representar uma nova linhagem de Titanossauro. A hipótese se deve à estrutura peculiar do pescoço do animal, bastante grosso e forte.
Parte do fóssil do Futalognkosaurus dukei, um dos três maiores dinossauros já encontrados
Segundo os cientistas, a espécie habitou há cerca de 80 milhões de anos a região que agora é o norte da Patagônia.
O fóssil encontrado estava 70% preservado, índice alto se comparado a outros dinossauros gigantes encontrados no mundo, que estavam cerca de 10% conservados. Os primeiros ossos foram descobertos em 2000.
No sítio arqueológico, localizado nas encostas do lago Barreales, na província de Neuquen, os pesquisadores encontraram mais de mil espécies, incluindo 240 fósseis de plantas e 300 dentes e outros resquícios de diversos dinossauros.
Esse grupo de Argentinos e Brasileiros também trabalha no Estado do Mato Grosso, onde os estudiosos dizem ter feito uma importante descoberta, que será revelada em breve.

A lenda das Amazonas.

Dizem os índios que as amazonas guerreiras teriam atacado a esquadra hispânica. Elas eram altas, brancas, cabelos compridos – descrição feita pelo Frei Gaspar de Carnival, que era escrivão da frota. O confronto entre os espanhóis e as Amazonas foi supostamente uma luta feroz, a qual teve como cenário a foz do rio Nhamundá , localizada na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Os europeus foram surpreendidos pelo ataque das combatentes desnudas, conduzindo tão somente em suas mãos arcos e flechas. Eles foram derrotados pelas amazonas. No caminho os espanhóis encontraram um índio que lhes contou a história das guerreiras. Segundo o relato do nativo, havia pelo menos setenta tribos de Icamiabas só naquele território. Suas aldeias eram edificadas com pedras e conectadas aos povoados por caminhos que elas cercavam de ponta a ponta, cobrando pedágio dos que atravessavam estas estradas. Elas eram lideradas por uma cunhã virgem, sem contato com o sexo masculino. Quando, porém, chegava o período de reprodução, as Amazonas capturavam índios de tribos por elas subjugadas. Ao engravidar, sinalizavam seus parceiros e, se nascia um curumim ou , elas entregavam a criança aos pais; do contrário, elas ficavam com as meninas e presenteavam o genitor com um talismã verde conhecido como Muiraquitã, similar ao sapo utilizado nos rituais lunares.Ao ouvirem esta narrativa, os espanhóis, cientes da existência das Amazonas descritas pelos antigos gregos, confundem ambas e batizam o rio onde as encontraram, até então intitulado Mar Dulce, de Rio de Las Amazonas.Certamente os espanhóis, ao se depararem com selvagens guerreiros de longos cabelos, acreditaram ter encontrado finalmente as tão famosas Amazonas. Deste pequeno equívoco nasceram e permaneceram os nomes do Rio, da Floresta e do maior Estado brasileiro, que abriga o idílico cenário desta miragem hispânica. Embora esta história tenha se desenrolado em terras brasileiras, estas lendas são mais disseminadas em outros países, talvez pela associação com narrativas que envolvem ícones adornados com ouro e prata, o que certamente despertava a cobiça dos europeus.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cultura, Lei Rouanet e a política da Cultura.

É difícil essa discussão sobre os critérios da Lei Rouanet, depois da decisão do Ministro da Cultura Juca Ferreira, em rever a decisão da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura , de vetar projeto de R$ 2 mi para a temporada de Caetano Velloso de lançamento de seu CD. A lógica da CNIC deveria ser a do Ministério.
A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, que analisa pleitos de dinheiro através da Lei Rouanet, desacolheu o de Caetano Veloso, de 2 milhões de reais, para patrocínio de seu “Tour Caetano Veloso”, a turnê do trabalho “Zii e Zie”, lançado esse ano – mais um CD medíocre. A Comissão já havia negado pedido de Maria Bethânia ano passado, revertido pelo ministro, que tem poderes para tanto. É um absurdo Maria Betânia e Caetano Veloso serem negados perante a CNIC. A opnião pública comprova isso.

Antropologia Cultural.

A Antropologia Cultural tem raízes que remotam a Antiguidade Clássica, quando os primeiros relatos escritos acerca de outros povos iniciaram as discussões acerca da cultura dos mesmos. Estas origens se desenvolveram após o período das grandes navegações, cujos registros, discutiam os povos "descobertos" como exóticos e "estranhos" ao mundo europeu. Também conhecida como Antropologia Social, esta vertente surge da necessidade de compreender a alteridade socio-cultural, ou seja, a apreensão da visão de mundo expressa pelos comportamentos, mitos, rituais, técnicas, saberes e práticas de sociedades de tradição não-europeia. Nas primeiras décadas de sua formação enquanto disciplina a Antropologia esteve ligada aos interesses de Estado. Nesse sentido, a corrente funcionalista inglesa, pensava a Antropologia como uma disciplina "aplicável" ou "útil" na consolidação das ambições de seu governo, sendo utilizada, portanto, para práticas colonialistas. Em uma vertente oposta, o Estruturalismo, de Claude Lévi-Strauss discute a Antropologia Cultural como ferrementa de compreensão do homem. Com a publicação de O Pensamento Selvagem Lévi-Strauss demonstra que os homens, em todas as culturas estabelecem processos cognitivos da mesma forma, e que a utilidade é uma consequência da busca de conhecimento, e não a sua causa, como prescrevem os funcionalistas.

Antropologia Física.

Surge vinculada aos estudos fisio-biológicos do século XVIII e XIX, visando compreender o processo de evolução pelo qual se originaram os humanos modernos, com ênfase nos aspectos biológicos e físicos referentes a este processo. Sua metodologia se centraliza na comparação fóssil-residual além do estudo comparativo de diferentes "tipos humanos". Objetiva compreender a adaptabilidade e variabilidade observáveis na humanidade. Em grande medida a Antropologia Física se vincula a uma matriz diciplinar biofísica que tem como principal motriz as teorias evolucionistas. Está também significativamente associada aos estudos arqueológicos, tanto no estudo de grupos hominídeos pré-históricos, como em pesquisas etno-históricas visando estabelecer as diferentes trajetórias das sociedades de tradição eminentemente oral, ou parcelas das sociedades de tradição escrita, das quais o registo escrito é pouco significativo ou inexistente.

Áreas de estudo da Antropologia.

A contribuição das duas grandes áreas da Antropologia para a amplificação da compreensão do fenómeno humano, desenvolveu ao longo da História da Antropologia muitas temáticas de pesquisa, que originaram uma compartimentalização do conhecimento de cada esfera antropológica, permitindo especialidades de discussão. Esta classificação, no entanto, não é homogênea em todo mundo. Nos Estados Unidos a antropologia abarca quatro esferas de investigação: a Antropologia Física, a Antropologia Cultural, a Linguística e a Arqueologia. No Brasil a Antropologia Cultural desenvolveu-se bastante, principamente na corrente pós-estruturalista, da qual nosso maior representante é o professor Eduardo Viveiros de Castro. Desenvolvendo o conceito de perspectivismo amazônico, Viveiros de Castro discute as noções de natureza e cultura, propondo a idéia de que a experiência ameríndia de conceber o mundo difere essencialmente da experiência dos colonizadores, se utilizando de um conceito construído por ele de multinaturalismo. A Antropologia no Brasil tem vasta produção acadêmica, particularmente em temáticas como Estudos de Gênero, Identidades Culturais, Estudos de População, Antropologia Visual e da Imagem, Antropologia das Emoções, Antropologia Política, Antropologia Urbana, entre outras.

Movimentos e Debates.

Outros movimentos significativos, na história do século XX, para a teoria Antropológica foram as escolas Cognitiva, Simbólica e Marxista.
Debates pós-modernos.
Na década de 80, o debate téorico na Antropologia ganhou novas dimensões. Muitas críticas a todas as escolas surgiram, questionando o método e as concepções antropológicas. No geral, este debate privilegiou algumas idéias: a primeira delas é que a realidade é sempre interpretada, ou seja, vista sob uma perspectiva subjetiva do autor, portanto a antropologia seria uma interpretação de interpretações. Da crítica das retóricas de autoridade clássicas, fortemente influenciada pelos estudos de Foucault, surgem metaetnografias, ou seja, a análise antropológica da própria produção etnográfica. Contribuiu muito para esta discussão a formação de antropólogos nos países que então eram analisados apenas pelos grandes centros antropológicos.