terça-feira, 16 de junho de 2009

Antropologia Cultural.

A Antropologia Cultural tem raízes que remotam a Antiguidade Clássica, quando os primeiros relatos escritos acerca de outros povos iniciaram as discussões acerca da cultura dos mesmos. Estas origens se desenvolveram após o período das grandes navegações, cujos registros, discutiam os povos "descobertos" como exóticos e "estranhos" ao mundo europeu. Também conhecida como Antropologia Social, esta vertente surge da necessidade de compreender a alteridade socio-cultural, ou seja, a apreensão da visão de mundo expressa pelos comportamentos, mitos, rituais, técnicas, saberes e práticas de sociedades de tradição não-europeia. Nas primeiras décadas de sua formação enquanto disciplina a Antropologia esteve ligada aos interesses de Estado. Nesse sentido, a corrente funcionalista inglesa, pensava a Antropologia como uma disciplina "aplicável" ou "útil" na consolidação das ambições de seu governo, sendo utilizada, portanto, para práticas colonialistas. Em uma vertente oposta, o Estruturalismo, de Claude Lévi-Strauss discute a Antropologia Cultural como ferrementa de compreensão do homem. Com a publicação de O Pensamento Selvagem Lévi-Strauss demonstra que os homens, em todas as culturas estabelecem processos cognitivos da mesma forma, e que a utilidade é uma consequência da busca de conhecimento, e não a sua causa, como prescrevem os funcionalistas.

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